A vida não é fácil para os socialistas na Madeira, terra de tradições, da poncha, dos carrinhos de cesto e até parece dos maus resultados do PS. Foram seis deputados eleitos em 2015, 19 em 2019 e, agora, 11 mandatos.
“Seguramente está aquém do que era desejado, mas não determinam o compromisso do PS com as autonomias regionais. O PS não confunde eleições”, afirma o secretário-geral do partido, João Torres.
Festa a dobrar no BE e no PAN
O Juntos pelo Povo passa de três para cinco deputados, mas é na sede do Bloco de Esquerda e do PAN que se celebra a dobrar: os regressos ao parlamento e o fim da maioria absoluta.
“Vamos usar a voz contra o Parlamento regional. Faremos oposição contra todas as políticas de direita. Vamos falar alto contra interesses instalados, contra o regime das negociatas, usar a nossa voz para defender o direito à habitação", garante a coordenadora do BE, Mariana Mortágua.
Já Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, celebra um “parlamento mais plural, com mais forças politicas”, que permite dizer que "a democracia saiu a ganhar"
Chega elege 4 deputados
Foi uma noite de regressos mas também de estreias. Umas mais fortes do que outras. A Iniciativa Liberal elegeu um deputado e o Chega faz a estreia com quatro.
"A percentagem do Chega mostra com clareza que o eleitorado não se deixa mover por partidarismo e tem uma solidez e capacidade de mobilização", diz André Ventura
“É um novo ciclo para a polícia nacional. ficou muito claro quem faz parte das soluções e quem está completamente fora, quem existe para fazer barulho e quem existe para que as soluções se formem”, frisa o presidente da IL, Rui Rocha.
A noite eleitoral teve de tudo. Até empates. O PCP mantém o deputado único eleito em 2019.
"A não obtenção da maioria absoluta do PSD é relevante. Constitui uma derrota indisfarçável", conclui o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo
Tirem ou não ilações, os dados para o novo ciclo político estão lançados.