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Entrevista SIC Notícias

"O Ministro das Finanças também tem que sentar-se à mesa e discutir o tema fraturante dos 6 anos, 6 meses e 23 dias"

Na nova reunião entre sindicatos e professores o tema central é o diploma sobre as habilitações para a profissão. O presidente da associação nacional de diretores de escolas públicas salienta que o problema nacional fraturante é a questão do pagamento do tempo de serviço congelado.

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Governo e sindicatos dos professores voltam hoje à mesa das negociações. A reunião será centrada na discussão do diploma sobre as habilitações para a profissão. Filinto Lima, presidente da associação nacional de diretores de escolas públicas, considera a discussão importante, mas salienta a questão do tempo de serviço congelado e a necessidade da presença do ministro das Finanças nas negociações.

Na nova reunião entre sindicatos e os profissionais, o tema principal das negociações é a questão das habilitações para a docência, ou seja, até que ponto os professores poderão dar aulas.

“Neste momento, o que se passa é que não temos número suficiente de professores capazes de responder semanalmente às necessidades das escolas. Nesse sentido, é preciso, e é isso que vai acontecer, rever este este diploma agora. O que nós queremos nas escolas públicas portuguesas é a qualidade daqueles professores que temos atualmente, altamente habilitados, altamente experientes, não queremos baixar a fasquia”.

“Mas temos que pensar a médio e longo prazo, nós temos que valorizar e dignificar a carreira docente”, alerta Filinto Lima. que considera que o Ministério da Educação tem aqui uma palavra importante a dizer, mas refere que "o Ministro das Finanças tem que aparecer, tem que estar presente nestas reuniões, que serão na nossa opinião posteriores, e tem que ter uma palavra, tem que de facto optar por apoiar a Educação".

O Ministro das Finanças também tem que, de facto, sentar-se à mesa e discutir o tema fraturante dos 6 anos, 6 meses e 23 dias, que neste momento estão a separar, o braço de ferro entre o Ministério da Educação e os sindicatos.

Pagamento faseado do tempo de serviço dos professores

O PSD propõe o pagamento do tempo de serviço congelado de forma faseada durante cinco anos, atribuindo 20% em cada ano.

Filinto Lima, presidente da associação nacional de diretores de escolas públicas, considera que a recuperação do tempo de serviço congelado é “um problema nacional para o qual é preciso que todos os partidos se entendam”.

“O que nós queremos não são anúncios avulsos, nós gostaríamos que houvesse um pacto na educação em concreto em relação ao tema que é fraturante entre os sindicatos e o Governo: os 6 anos, 6 meses e 23 dias que, no continente, os professores, para já, não irão recuperar, e que, na Madeira os Açores, isso acontece”.