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Diretora de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta recuou na demissão

Cristina Fontes Leite denunciou a dificuldade em fazer escalas de urgência. No entanto, a divulgação do Plano Nascer em Segurança terá levado a diretora a recuar no pedido de demissão.

Diretora de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta recuou na demissão
Armando Franca / AP

A diretora do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta, em Almada, anunciou, esta terça-feira, que se ia demitir do cargo. No entanto, poucas horas depois do anúncio, recuou na sua decisão. Segundo o hospital, o recuou prende-se com a apresentação do Plano Operação Nascer em Segurança.

Cristina Fontes Leite denunciou a dificuldade em fazer escalas de urgência e disse não ter condições para continuar no cargo. Em comunicado, o Hospital Garcia de Orta confirma que “a Diretora do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia considerou a possibilidade de demissão do cargo, indicando motivos pessoais, associados ao contexto que se vive”, mas avança que o pedido de demissão foi, entretanto, retirado.

Em causa está, segundo o hospital, a “divulgação do Plano Operação Nascer em Segurança, que veio dar resposta positiva à proposta apresentada pelo serviço”. Por essa razão, “a Diretora de Serviço manter-se-á no cargo”.

O Plano Operação Nascer em Segurança irá decorrer nos meses de outubro a janeiro de 2024 e tem como objetivo garantir “previsibilidade e segurança às utentes”. O Hospital Garcia de Orta avança ainda que “as escalas de urgência do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia e do Bloco de Partos do Hospital Garcia de Orta estão acauteladas para todo o mês de outubro”.

“O Conselho de Administração do HGO reconhece e agradece o profissionalismo, dedicação e empenho que os profissionais de Obstetrícia e Ginecologia têm demonstrado todos os dias, permitindo manter os padrões de segurança e qualidade na resposta às utentes”, pode ainda ler-se no comunicado enviado pelo hospital.

O Plano Nascer em Segurança foi anunciado esta terça-feira pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde com o objetivo de “promover a segurança e confiança de grávidas, crianças e profissionais do Serviço Nacional de Saúde”. Segundo este plano, entre outubro e janeiro de 2024, haverá as seguintes maternidades:

  • Norte: manterá 13 maternidades em funcionamento pleno
  • Centro: terá seis maternidades em funcionamento pleno e uma maternidade com dias de encerramento agendados
  • Alentejo: mantém as três maternidades a operar em pleno
  • Lisboa e Vale do Tejo: apresenta quatro maternidades a funcionar em pleno, oito com dias de encerramento agendados, uma maternidade deslocalizada por obras e três maternidades do setor privado (em regime de convenção com o SNS, com orientação de grávidas a ser efetuado pelo CODU/INEM)
  • Algarve: terá uma urgência em funcionamento pleno, em pelo menos um dos polos (Faro/Portimão).

Artigo atualizado às 13:20.