
Alguns automobilistas que esta manhã circulavam na 2.º Circular, em Lisboa, foram afetados por um protesto do movimento Climáximo que impediu a circulação normal das viaturas. Nove ativistas acabaram detidos pela PSP.
“Nós, as pessoas normais, temos de falar. Tudo o que amamos está a ser destruído. Não podemos continuar a consentir com este ato de violência sobre nós”, diz a porta-voz do Climáximo, em comunicado enviado às redações.
Os ativistas sentaram-se na via, impedindo o trânsito, e outros dois penduram-se, por cabos, na ponte pedonal da “GALP”, tendo sido retirados pela PSP e pelos bombeiros com recurso a gruas.
De referir que automobilistas e motociclistas, visivelmente insatisfeitos com a ação de protesto, saíram das viaturas para tentar retirar da estrada os jovens. O que, com a ajuda da PSP, acabaram por conseguir.
Na faixa que seguravam lia-se que: “O Governo e empresas declararam guerra à sociedade e ao planeta”.
Após o protesto, que durou cerca de duas horas, os ativistas foram detidos e encaminhados para a esquadra da PSP em Benfica. O coletivo apela agora a “uma vigília de solidariedade” à porta da esquadra “até que todos os ativistas sejam libertados”.
Três protestos em menos de uma semana
São movimentos diferentes, mas com uma causa em comum: o clima. O pontapé de saída foi dado, na semana passada, durante a CNN Portugal Summit, evento que decorreu em Lisboa e que contou com a participação do ministro do Ambiente e da Ação Climática.
O alvo do protesto do grupo de estudantes“Primavera das Ocupas - Fim ao Fóssil”foi, aliás, o próprio Duarte Cordeiro que foi atacado com tinta verde.
No dia seguinte, um grupo de ativistas da Climáximo atirou tinta vermelha contra a fachada da FIL, em Lisboa, onde decorria o evento World Aviation Festival, uma conferência na qual participou o CEO da TAP, Luís Rodrigues, e o presidente executivo da ANA, Thierry Ligonniere.
Notícia atualizada às 12:29