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Rangel desafia PS a demarcar-se do pró-russo Robert Fico

A campanha eleitoral para as europeias ainda não arrancou, mas PSD e PS aumentam o tom e a troca de acusações. Desde a vitória no fim de semana que a família socialista está de novo sob pressão para reagir ao possível regresso de Robert Fico.

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Paulo Rangel acusa o PS de não se demarcar do polémico ex-primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, que, este fim de semana, voltou a vencer as eleições. Na resposta, o PS diz que as acusações de Rangel são falsas e graves.

No centro estão as eleições na Eslováquia, em que venceu o ex-primeiro-ministro Robert Fico, cujo partido pró-russo, o SMER, faz parte da família socialista europeia.

Paulo Rangel foi ao debate sobre a liberdade de imprensa, em Estrasburgo, recordar o assassinato do jornalista eslovaco que levou à demissão de Robert Fico em 2018.

"Sabemos que foi no âmbito de uma investigação contra a corrupção na Eslováquia e do governo do senhor Fico que se deu a morte de Jan Kuciak e da sua mulher. Durante cinco anos, nunca vi, nem em Portugal, nem aqui em Bruxelas, o Partido Socialista Português e o S&D demarcar-se do Smer e do senhor Fico, que neste momento estão ao lado da propaganda russa e de Putin", apontou Rangel.

Na reação em comunicado, o PS acusa Rangel de faltar à verdade, garantindo que na época, os socialistas europeus condenaram o assassinato do jornalista e o partido eslovaco SMER chegou a ser suspenso.

Mas desde a vitória no fim de semana que a família socialista está de novo sob pressão para reagir ao possível regresso de Robert Fico e às polémicas promessas eleitorais, incluindo parar o apoio militar a Kiev.

Bratislava está no centro da atenção mediática europeia, numa semana em que Polónia e República Checa anunciam que vão repor os controlos nas fronteiras com Eslováquia para travar fluxos migratórios.