Cerca de meia centena de manifestantes percorreram esta quinta-feira algumas artérias da cidade de Sines, no distrito de Setúbal, para exigir da República um travão na destruição do litoral alentejano e o respeito pelo futuro deste território.
A ação foi organizada por 18 coletivos e associações da região que lutam por uma “justiça social e ambiental” no litoral alentejano, que entendem estar a ser sacrificado por interesses económicos.
Os manifestantes exigem um caminho com justiça, igualdade e democracia. Pedem ainda o fim de megacentrais fotovoltaicas, o abate indiscriminado de sobreiros e da agricultura intensiva.
O desrespeito pelo património natural, a precariedade, a especulação e a interioridade forma outras questões denunciadas na manifestação.
A marcha pacífica, acompanhada de perto pelas forças de segurança, terminou no Jardim da Praça da República onde foi aprovado um manifesto à República a exigir um travão imediato da destruição sistémica do litoral alentejano, o respeito integral pela vontade popular nos processos de decisão e um estudo dos efeitos cumulativos de todos os projetos neste território.