Os médicos prolongaram até 24 de Novembro a greve ao trabalho suplementar além das 150 horas previstas na lei. O caos nas urgências vai manter-se, apesar desta segunda-feira estar a ser um dia mais calmo.
Depois da tempestade, a calma aparente volta às urgências dos hospitais portugueses. Na maior parte dos casos, os serviços voltaram a reabrir, mas são esperados novos constrangimentos nos próximos tempos, até porque os médicos não recuam nas reivindicações
Com a chegada da segunda-feira, ficaram para trás as escalas mais apertadas de fim de semana e uma aparente normalidade voltou às urgências dos hospitais portugueses
É certo que, em Penafiel, a urgência de cirurgia geral continua encerrada e assim vai ficar ao longo de duas semanas.
Mas, em Lisboa, o Santa Maria, por exemplo, já levantou o plano de contingência que tinha ativado.
A afluência às urgências diminuiu, o Hospital mantém, ainda assim, o apelo para que só mesmo casos urgentes se dirijam ao serviço e sempre referenciados pelo CODU ou pela linha SNS 24.
Será, muito provavelmente, uma pausa pouco duradoura na crise que assola as urgências, até porque os dois sindicatos que representam os médicos portugueses já fizeram saber que não pretendem abrandar na luta pelos direitos destes profissionais.
O Sindicato Independente dos Médicos avisou que vai manter a paralisação total ao trabalho suplementar - que começou em julho - em todos dias da semana.
Em causa está a que chamam de "incompreensível e desrespeitosa" proposta de um aumento médio, para todos os médicos, de 3,6% para compensar uma perda de poder de compra superior a 22%".
Já a FNAM, diz ter disponibilidade para uma nova reunião com o Ministro da Saúde, desde que Manuel Pizarro “demonstre finalmente seriedade, competência e a vontade inequívoca do Governo em querer negociar”.
O Sindicato confirma ainda que vai manter as greves agendadas para 17 e 18 de outubro e 14 e 15 de novembro.