A ministra do Ensino Superior disse esta terça-feira que o caso da degradação da residência universitária de Santarém, noticiado pela SIC, não lhe foi reportado pelo presidente da instituição.
Questionada pelos jornalistas, Elvira Fortunato garantiu estar em contacto com presidentes e reitores de instituições do ensino superior desde o início do ano letivo e acrescentou que não tem “relatos de problemas muito graves”.
“Tenho tido um contacto muito grande com presidentes de politécnicos e reitores para saber se há problemas nas suas instituições e não tenho relatos de problemas muito graves. Por vezes há notícias que se calhar não são exatamente a realidade”, disse.
Pressionada novamente sobre a questão específica de Santarém, Elvira Fortunato sublinhou: “Esse caso não me foi reportado pelo presidente da instituição”.
Na segunda-feira, numa resposta enviada à redação da SIC por e-mail, o Ministério do Ensino Superior, tutelado por Elvira Fortunato, garantiu, no entanto, estar informado quanto ao estado de conservação dos imóveis em questão.
Remeteu até esclarecimentos sobre a eventual necessidade de realojar estudantes para o Instituto Politécnico de Santarém.
“A gestão das residências é assegurada pelas instituições de ensino superior, pelo que a questão será mais adequadamente respondida pelo IP Santarém”, lê-se na resposta enviada à SIC.
O estado "limite" da residência universitária de Santarém
Em causa estão três residências do Instituto Politécnico de Santarém (São Pedro, Andaluz e Pedro Álvares Cabral). Denúncias de alunos e informações avançadas pelo próprio estabelecimento de ensino dão conta da falta de condições.
À SIC chegaram denúncias de infiltrações, portas partidas, cozinhas inoperacionais e bases de duche enferrujadas.
A direção do Instituto Politécnico de Santarém e a administradora da Serviços de Ação Social do IP Santarém revelam que a situação é “limite” e que a tutela tem conhecimento da degradação das residências universitárias de Santarém.