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Fim do SEF e início do AIMA: no primeiro dia pediu-se "paciência"

Ao abrir da porta, uma funcionária pediu aos imigrantes que esperavam por atendimento que tivessem "paciência" porque os procedimentos são novos. Para o presidente da AIMA é preciso "criar condições para resolver os problemas das pessoas".

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A nova Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), que substitui parte do antigo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), começou esta segunda-feira com 347 mil processos pendentes e com a promessa de contratação de 190 funcionários. Na sede, em Lisboa, os imigrantes foram recebidos com um pedido de desculpa.

Passavam cinco minutos da hora marcada, quando as portas do AIMA foram abertas. Os imigrantes que aguardavam à porta, foram surpreendidos por um pedido de uma das funcionárias:

“Vou pedir que tenham a máxima paciência connosco, porque isto ainda está muito novo. Vamos ter chamar as pessoas que estão agendadas, nós temos muito poucos funcionários connosco porque houve uma redistribuição e uns saíram. Estamos com a nossa capacidade de atendimento muito reduzida”, disse uma funcionária aos imigrantes que esperavam.

O presidente da AIMA, Luís Goes Pinheiro, reconhece que existe uma “necessidade” nesta fase inicial para ajustar à mudança que ocorreram e “criar condições para resolver os problemas das pessoas o mais célere e eficaz possível”.

O sistema reinventou-se, mas na manhã desta segunda-feira havia pouca informação e alguma esperança por parte dos imigrantes que aguardam pelos documentos.

Com 347 mil processos pendentes, a prioridade vai para os casos de reagrupamento familiar. A extinção do SEF estava prevista no programa de Governo, mas só avançou depois da morte do ucraniano Ihor Homeniuk, no aeroporto de Lisboa.

O Governo promete a contratação de mais funcionários, a criação de mais dez postos de atendimento e um centro multidisciplinar para o acolhimento e integração de refugiados