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FNAM pede para sair da reunião após uma hora de negociações

No decorrer de uma nova ronda negocial entre os sindicatos e o Ministério da Saúde, a FNAM saiu da reunião. No entanto, após uma hora, regressou às conversações.

Profissionais de saúde manifestam-se na data em que se assinala o Dia Mundial da Saúde, organizada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), Federação Nacional dos Médicos (FNAM), e Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), para exigir o reforço e a valorização do Serviço Nacional de Saúde, em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa
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A FNAM saiu da reunião com ministro da Saúde, após uma hora de conversações. O sindicato pediu para sair e, passado um hora, retornou à sala para continuar a nova ronda negocial desta terça-feira.

A reunião começou às 15:30, em que o Sindicato Independente dos Médicos sugeriu uma reunião ponto por ponto discutido. Por outro lado, a FNAM queria que fosse discutido na globalidade e, depois de uma hora, pediu para sair, sem voltar à sala das negociações.

A Federação Nacional dos Médicos demonstrou-se descontente da contraproposta apresentada pela tutela, sendo que o Ministério da Saúde não colocou por escrito o que já tinha sido acordado nas últimas reuniões, como a redução das horas de trabalho semanais de 40 para 35.

Apesar disto, a ausência foi apenas de uma hora e a FNAM já retomou as negociações junto com outros sindicatos e o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

Negociações começaram em 2022

As negociações entre o Ministério da Saúde e o SIM e a FNAM iniciaram-se em 2022, mas a falta de acordo tem agudizado a luta dos médicos, com greves e declarações de escusa ao trabalho extraordinário além das 150 horas anuais obrigatórias, o que tem provocado constrangimentos e fecho de serviços de urgência em hospitais de todo o país.

Esta situação levou o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, a avisar que se os médicos não chegarem a acordo com o Governo, novembro poderá ser o pior mês em 44 anos de SNS.