País

Operação Influencer: "Tínhamos muita gente a beber e a fumar durante a semana"

O comentador SIC, João Maria Jonet, reflete sobre o estado do país com os casos de informalidade em instituições e cargos públicos e, também, quem deverá suceder a António Costa.

O primeiro-ministro, António Costa, acompanhado por uma funcionária de um café na estação de comboios do Pragal, tira um café cumprindo uma promessa feita no local, aquando da campanha eleitoral onde prometeu caso vencesse as eleições voltaria para beber café.
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João Maria Jonet, comentador SIC, analisa o estado do país, marcado por uma realidade em que políticos se envolvem em informalidades que levam a processos e desavenças com a Justiça, ao mesmo tempo que concorda que a legislatura da maioria absoluta deveria terminar.

Esta quinta-feira soube-se que foram encontrados mais de 75 mil euros em dinheiro no gabinete de Vítor Escária, mas para o comentador da SIC, João Maria Jonet, é estranho ter sido exonerado sozinho.

“No caso de Vítor Escária é uma notícia esperada, sendo Vítor Escária arguido e João Galamba também, que João Galamba não seja exonerado sendo um fator curioso. Não sei se foi porque um foi antes do outro, não faz sentido que uma aconteça e outra não”, comenta.

A respeito do novo suspeito, o advogado João Tiago Silveira, o comentador e consultor político reflete sobre a “informalidade brutal” da qual o país sofre.

“Estamos a pôr-nos a jeito enquanto país e classe política a que este tipo de situações aconteçam, quando temos escritório de advogados que tem clientes que têm interesses em processos e são consultores do Governo para escrever legislação que vai regular os processos em que os clientes são candidatos. O país é pequenino, mas há mais gente, não podemos viver nesta lógica em que as pessoas estão a bailar entre Parlamento e escritórios de advogados”, reflete.

Da mesma forma, João Maria Jonet compara o que é necessário para o país com o que Arsène Wenger fez com a equipa londrina Arsenal nos anos 90, em que proibiu os jogadores de fumarem e beberem durante a semana.

“No outro dia lembrava-me do Arsenal, sob o comando de Wenger, nos anos 90 os jogadores deixaram de beber e fumar por ordem do treinador e começou a ganhar muitos títulos, tínhamos muita gente aqui a fumar e a beber durante a semana e terá de ser ultrapassado pelas pessoas que não fumam nem bebem durante a semana”, diz Jonet.

Em relação a quem está melhor colocado para suceder António Costa, a escolha evidente do comentador da SIC é Pedro Nuno Santos que “parte com vantagem” e até se reuniu com a ala mais à direita do PS - como Francisco Assis.

No entanto, Mário Centeno e António Vitorino ainda podem surpreender. O importante, para o consultor político, é que a legislatura acabe, tendo em conta que “o país não ganha nada com instabilidade”.