Pedro Douro, advogado do diretor executivo da Start Campus, diz que Afonso Salema não violou as regras de conduta e condena a fuga de informação do processo da Operação Influencer.
"Se alguém violou as regras de conduta a que estava sujeito, seguramente não foi o meu cliente", afirmou Pedro Douro aos jornalistas.
A operação conduzida na terça-feira pelo Ministério Público teve como alvo de busca 42 locais e levou à detenção de mais quatro pessoas para além de Afonso Salema, entre os quais Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, Rui Oliveira Neves, administrador da sociedade Start Campus, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, foram constituídos arguidos. Deste caso, decorre ainda uma investigação autónoma ao primeiro-ministro, no Supremo Tribunal de Justiça.
Este processo visa as concessões de exploração de lítio de Montalegre e de Boticas, ambos em Vila Real, um projeto de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines e Setúbal e o projeto de construção de um data center na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.