O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, considera que a declaração de António Costa ao país pode ter sido “a situação mais grave protagonizada pelo primeiro-ministro”. Este sábado, Rui Rocha disse ainda que o objetivo de António Costa não era focar-se na questão do investimento estrangeiro.
“O que ele queria era desvincular-se ou tentar, pelo menos, pedindo desculpa a desvincular-se da questão dos 75.000 euros e da questão da ligação a Lacerda Machado. Esse era o primeiro objetivo do primeiro-ministro”, referiu.
E continuou:
“O segundo objetivo do primeiro-ministro era, claramente, interferir na justiça e, por isso, é que eu digo que estivemos hoje perante uma situação gravíssima do ponto de vista do normal funcionamento das das instituições e uma situação que me parece até que deveria merecer uma reflexão ao senhor Presidente da República”, apontou.
O líder da Iniciativa Liberal declarou ainda que Marcelo Rebelo de Sousa tentou criar condições para que “houvesse um prazo alargado" ao manter o Governo até dia 15 de janeiro, mas “essas condições terminaram hoje”.
Na declaração ao país, o primeiro-ministro começou por se desculpar pelas avultadas quantias de dinheiro encontradas no gabinete de Vítor Escária, em São Bento. Falou ainda de Diogo Lacerda Machado, a confusão com Mário Centeno e a necessidade de desburocratizar o investimento público.
Iniciativa Liberal não fará nenhum tipo de coligação pré-eleitoral
Questionado sobre uma possível coligação com o PSD, numa entrevista à SIC Notícias, Rui Rocha deixou bem claro que não fará coligações pré-eleitorais.
“A Iniciativa Liberal irá a eleições com as suas listas e com os seus candidatos e com as suas propostas”, afirmou.