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Trafico de influências: Armando Vara foi o primeiro condenado a pena efetiva

Nos últimos 13 anos, a justiça instaurou mais de 230 inquéritos por suspeitas de tráfico de influências. O primeiro arguido condenado em Portugal a pena efetiva por este crime foi Armando Vara, ex-ministro de Sócrates, há quase cinco anos.

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Quando se entregou na prisão de Évora, na companhia do mesmo advogado que agora representa Vitor Escária, Armando Vara já sabia que o momento ficaria na história da justiça em Portugal.

Nunca alguém tinha sido condenado a pena efetiva apenas por traficar influências, desde que o crime entrou para o Código Penal, há então 26 anos. O ex-ministro de Sócrates foi o primeiro.

Tinha cinco anos de prisão pela frente, pela autoria exclusiva de três crimes de tráfico de influências no polémico processo Face Oculta.

A Justiça deu como provado que recebeu 25.000 euros em dinheiro e outras prendas de Manuel Godinho, o principal arguido no caso, em troca do favorecimento das empresas do sucateiro de Ovar.

Apenas quatro pessoas cumpriram pena efetiva

Segundo o que a SIC apurou, 15 pessoas foram condenadas em primeira instância pela pratica do mesmo crime, ao longo dos últimos 12 anos.

Destas 15, apenas quatro, Armando Vara incluído, foram obrigadas a cumprir penas efetivas. Desde 2009, pelo menos 30 pessoas foram constituídas arguidas.

A Polícia Judiciária teve nas mãos 230 inquéritos, mas a maioria foi arquivado.