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Operação Influencer: Lacerda Machado recorre das medidas de coação

O advogado Manuel Magalhães e Silva confirmou a informação de que vai recorrer, mas não quis fazer mais comentários sobre este caso.

Operação Influencer: Lacerda Machado recorre das medidas de coação
RODRIGO ANTUNES/Lusa

A defesa do advogado e consultor Diogo Lacerda Machado confirmou esta quarta-feira que vai recorrer das medidas de coação aplicadas ao ex-amigo do primeiro-ministro António Costa no âmbito do processo Operação Influencer.

O advogado Manuel Magalhães e Silva confirmou a informação de que vai recorrer, mas não quis fazer mais comentários sobre este caso.

Na terça-feira, o mandatário de Diogo Lacerda Machado tinha assumido estar ainda "a ponderar" a apresentação de recurso, lembrando que existe um prazo de 30 dias para recorrer.

Diogo Lacerda Machado ficou sujeito à proibição de se ausentar para o estrangeiro (com obrigação de entrega do passaporte ao tribunal) e a uma caução de 150 mil euros.

O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) considerou o consultor fortemente indiciado pelo crime de tráfico de influência, mas não entendeu que os indícios de corrupção ativa e prevaricação apontados pelo Ministério Público (MP) fossem suficientemente fortes.

No despacho judicial, o magistrado do TCIC realçou que "o perigo de fuga por parte do arguido Diogo Lacerda Machado é intenso e próximo", ao aludir aos filhos que vivem no estrangeiro e à sua ligação profissional à Guiné-Bissau.

Também o MP já anunciou na segunda-feira a decisão de apresentar recurso do despacho das medidas de coação para o Tribunal da Relação de Lisboa.

As medidas de coação ficaram aquém da promoção do MP, que tinha pedido prisão preventiva para o consultor, tal como para o agora ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, cuja defesa já confirmou na terça-feira que vai recorrer da medida de coação de proibição de sair do país (com a obrigação de entrega do passaporte).

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