O Ministério da Saúde anunciou na quarta-feira a criação de uma nova carreira: Técnico Auxiliar de Saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que abrange cerca de 24 mil trabalhadores que terão um terão um aumento salarial de 13%.
A negociação entre Governo e sindicatos começou há cinco anos e só terminou, agora, com a criação da nova carreira. Os sindicatos e Associação de Técnicos Auxiliares de Saúde apesar de satisfeitos com a valorização da profissão e os aumentos salariais, falam em injustiças que precisam de ser corrigidas.
"A valorização salarial que nos está a ser dada, apenas de nível 6, está longe de refletir aquilo que o SITAS pediu que era o nível 8. Esta valorização não é no nosso entender suficiente para evitar a saída debandada dos atuais profissionais do SNS e ser suficientemente atrativa para trazer novos profissionais para esta carreira2, refere Paulo de Carvalho, do Sindicato Independente de Técnicos Auxiliares de Saúde.
O Ministério da Saúde, em comunicado, indica que "representa uma valorização para os trabalhadores abrangidos" e também "em ganhos para o SNS". A transição para a carreira de Técnico Auxiliar de Saúde num acréscimo salarial de cerca de 100 euros mensais, passando a remuneração base da carreira a situar-se no nível seis da tabela remuneratória única, cuja remuneração em 2024 será de 869,74 euros.
O sindicato diz que teve conhecimento do documento final 20 minutos antes da última reunião com o Governo e, por isso, ainda está a analisá-lo.
Depois de passar a aprovação do Conselho de Ministros, o decreto-lei seguirá para a promulgação do Presidente da República. O diploma deverá entrar em vigor a 1 de janeiro.
Com Lusa