Marcelo Rebelo de Sousa não vai inviabilizar um Governo que tenha o apoio do Chega. Se uma eventual vitória à direita, nas eleições de março de 2024, precisar dos votos do Chega para atingir a maioria, o Presidente da República deverá ler a situação e não se oporá à composição do Executivo.
A notícia é avançada pelo Expresso: se for confrontado com essa situação, Marcelo deverá analisar a situação à luz do que aconteceu nos Açores – onde o Chega ajudou a viabilizar o Governo PSD/CDS/PPM – não devendo travar um Executivo com o apoio do partido de André Ventura.
No entanto, o Chefe de Estado já anunciou que existe uma “linha vermelha”. Se o Chega for chamado a ocupar lugar no Governo, sobretudo “pastas de soberania”, a viabilização poderia cair por terra.
Em entrevista à SIC, na segunda-feira, André Ventura disse que Marcelo Rebelo de Sousa lhe tinha dado essa garantia.
Para Marcelo, caso não haja uma maioria eleita, a solução mais apelativa seria o PS e PSD viabilizarem os Governos um do outro – o chamado centrão. Esta opção é semelhante ao que aconteceu no primeiro governo de Guterres, onde um acordo com o próprio Marcelo, na altura líder do PSD, permitiu que a legislatura chegasse ao fim.
