Três estudantes ativistas climáticos foram detidos no domingo pela PSP após terem subido a escadaria da Assembleia da República, pintado as escadas e aberto uma faixa para reivindicar o fim aos combustíveis fósseis até 2030.
"Hoje [domingo] à tarde várias dezenas de estudantes preparavam-se para acampar em protesto pelo fim aos combustíveis fósseis frente à Assembleia da República quando três estudantes subiram as escadarias para pintar as escadas e abrir uma faixa que reivindicava o fim aos combustíveis fósseis até 2030. As três estudantes foram arrastadas pela polícia e detidas", refere o grupo, em comunicado.
Nas redes socias, o movimento Greve Climática Estudantil partilhou o momento em que as estudantes subiram as escadas e, posteriormente, foram levadas por elementos da PSP.
Leonor Chicó, do movimento, disse à Lusa que o objetivo inicial era os estudantes ficarem acampados em frente ao Parlamento, mas, após as detenções das ativistas, por volta das 19:00, foi convocada uma vigília junto à esquadra da PSP do Calvário para onde as estudantes foram levadas.
Leonor Chicó acrescentou que, ao final do dia, estavam cerca de 20 jovens em frente à esquadra da PSP do Calvário e que iriam permanecer no local até as três estudantes serem libertadas. Contactado pela Lusa, o oficial de dia do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP apenas confirmou as três detenções.
Estudantes preparam próximas ações de protesto
Segundo o movimento Greve Climática Estudantil, os estudantes realizaram junto ao Parlamento no domingo à tarde uma assembleia para organizar as ações que vão decorrer na próxima semana.
Estas ações reivindicam "o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, fazendo deste o último inverno em que gás fóssil é utilizado para produzir eletricidade em Portugal".
Na última semana foram várias as ações realizadas pelos estudantes ativistas climáticos em várias universidades de Lisboa e, segundo o movimento, foram detidos 16 jovens, alguns mais do que uma vez.
Com LUSA