País

Novas Unidades Locais de Saúde levantam dúvidas (sobretudo) no interior

Um dos problemas é o dinheiro que cada cada unidade recebe e que passa a depender do número de habitantes, prejudicando assim as regiões com perdas progressivas de população.

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O país alargou o mapa de Unidades Locais de Saúde, precisamente no dia em que o primeiro-ministro se demitiu, a 7 de novembro. São agora 42 em todo o território nacional, 20 anos depois da criação da primeira ULS em Matosinhos. O modelo é encarado como a reforma necessária, mas com reticências no interior do país.

Entre a Guarda e Castelo Branco, só a Covilhã estava fora deste modelo administrativo aplicado à saúde. Com a publicação do decreto-lei em Diário da República, o Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira integra o Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) e passa a designar-se Unidade local de Saúde da Cova da Beira.

Mas a dita reforma tem mais implicações na linha da A23. O centro de saúde de Vila de Rei, atualmente na ULS de Castelo Branco, passa a integrar a Unidade local de Saúde do Médio Tejo, que além das unidades de cuidados primários de mais 15 concelhos, reúne os hospitais de Abrantes, Torres Novas e Tomar.

Era suposto que as nomeações se fizessem até 23 de dezembro, mas com a demissão de António Costa, o objetivo foi adiado até à entrada em vigor do orçamento em janeiro do ano que vem.

ULS da Guarda fechou 200 camas em menos de 10 anos

Agora, as administrações podem fazer a diferença, mas há toda uma filosofia que as ultrapassa. É o caso do financiamento per capita que prejudica as regiões com perdas progressivas de população.

Contabiliza o sindicato dos enfermeiros que a ULS da Guarda fechou 200 camas em menos de uma década.