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Pedro Nuno Santos recusa debates para não "dar argumentos à direita"

O candidato a secretário-geral do PS diz que já há debates suficientes na luta interna do partido e não é preciso dar argumentos à direita nesta campanha.

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O candidato a secretário-geral do PS Pedro Nuno Santos recusou esta quinta-feira participar em debates com os restantes candidatos à liderança, considerando que esses confrontos iriam "dar argumentos à direita" e alegando já existem "muitos espaços" para discutir internamente.

"Nós temos muitos espaços para debater com os nossos camaradas, esse trabalho será feito pelas diversas candidaturas, temos entrevistas, temos a participação em encontros com militantes onde a comunicação social está... É mais do que suficiente", afirmou Pedro Nuno Santos.

O antigo ministro defendeu que "mais do que isso", no momento atual, "é dar argumentos à direita". O candidato falava aos jornalistas à porta do Hospital Santa Maria, em Lisboa, depois de um almoço com o dirigente socialista e presidente da Sedes - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, Álvaro Beleza.

"Nós queremos fazer o debate com os nossos camaradas de outras maneiras", apontou.

Assinalando que o processo interno da escolha do novo líder do PS acontece "muito próximo das eleições legislativas" que se disputarão a 10 de março, Pedro Nuno Santos referiu que, quando se estiver "a discutir o país com os adversários do PS, esses debates vão com certeza existir".

Às eleições diretas socialistas de 15 e 16 de dezembro apresentaram-se até agora três candidatos, o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.