O Ministério da Saúde anunciou esta terça-feira que alcançou um acordo intercalar com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) para um aumento dos salários no próximo ano.
O acordo alcançado apenas com um dos sindicatos é “um acordo aceitável do ponto de vista dos médicos", considera Tiago Correia. “Mas de uma perspetiva mais geral, tenho dúvidas que este seja um bom acordo”.
“Se olharmos para o facto de estarmos a considerar aumentos salariais acima de 10%, que pode ir até 15% para os médicos especialistas em início de carreira é óbvio, é factual e objetivo que é um bom acordo (…) O problema é, de uma perspetiva mais geral, eu tenho dúvidas que este seja um bom acordo”.
Tiago Correia considera que há vários problemas que não são resolvidos com este acordo - “o grande problema é atrair médicos para o Serviço Nacional de Saúde, temos vagas para especialistas que ficaram por preencher no último concurso, é reter os médicos no Serviço Nacional de Saúde, evitar que saiam ou para o setor privado ou o que emigrem, e também é garantir uma boa distribuição no território”.
“Tenho dúvidas que [os sindicatos] mantenham a força da reivindicação e, sobretudo, a força da mobilização da opinião pública em favor da causa dos médicos”.