O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (S.TO.P.) termina, esta quarta-feira, a greve de duas semanas com uma concentração à frente da Assembleia da República. A concentração coincide com a votação do Orçamento do Estado para 2024.
Na escola secundária de Pinhal Novo, em Palmela, os docentes preparam-se para partir em direção a São Bento. Esperam ainda por colegas de outras escolas do distrito de Setúbal, como relata a jornalista da SIC Marta Sobral.
“No dia em que se está a votar o Orçamento do Estado, um orçamento que não visa a educação, que continua sem prever um investimento significativo neste campo, entendemos que é muito importante marcar a nossa presença e lembrar a este Governo que ainda temos um Governo em funções e que irá ter poder legislativo até dia 15 de janeiro”, afirma Cristina Mota, professora na escola secundária de Pinhal Novo e membro da Missão Escola Pública.
A docente sublinha a importância de recuperar o tempo de serviço e valorizar a profissão, à semelhança do acordo feito esta terça-feira com os médicos. Sublinha a importância de estabelecer essa recuperação do tempo de serviço já neste Orçamento do Estado.
O protesto dos professores, que decorreu nos últimos 15 dias, deixou milhares de alunos sem aulas. Escolas de norte a sul do país estiveram fechadas com os docentes concentrados à porta em protesto.
Além da recuperação do tempo de serviço, os professores reivindicam melhores condições para a carreira e um investimento nas infraestruturas escolares.
A manifestação dos docentes à frente da Assembleia da República coincide com uma concentração convocada pela CGTP pelo aumento salarial e a melhoria da qualidade de vida.
A luta dos professores deverá continuar ao longo do ano letivo. O S.TO.P. promete greves até às eleições.