O Governo está até à próxima quinta-feira em plenas funções. O Presidente da República justificou ter adiado a assinatura do decreto da demissão, para que ainda pudesse haver mais um Conselho de ministros. Mas, nas últimas duas semanas, o governo tem acelerado aprovações e o primeiro-ministro teve uma agenda cheia de inaugurações.
Inaugurou o primeiro de dez barcos elétricos para a Transtejo Soflusa, o centro de investigação do ISCTE e a nova residência universitária de Lisboa.
Nas últimas duas semanas António Costa trouxe helicópteros para o combate aos incêndios. Dos novos 11 meios aéreos, quatro apresentados em Ovar, com fundos da reforma para a floresta.
Dois dias depois, o primeiro-ministro lançava-se ao mar e fazia parte da cerimónia de assinatura do contrato de construção do novo navio multifunções da Marinha.
Entre o anúncio da demissão e o dia em que Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que assinará o decreto correu exatamente um mês..
Na próxima semana o Conselho de ministros reúne ainda com o executivo em plenas funções, passando a governo de gestão logo de seguida no dia 7 de dezembro.
Ainda assim, em janeiro António Costa ainda admite lançar o concurso da Linha de alta velocidade Lisboa-Porto, mas só se o futuro líder do PS e o atual líder do PSD estiverem de acordo. Caso não seja possível, segue para o dossiê da transição e o fica para o próximo governo decidir se avança.