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Ministério da Saúde disponível para esclarecimentos sobre gémeas luso-brasileiras

A PGR confirma que os documentos enviados pelo Palácio de Belém sobre o caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria já foram remetidos para o DIAP Regional de Lisboa, onde decorre o inquérito.

O Hospital de Santa Maria é o primeiro na Península Ibérica, e um dos três no mundo, a usar um robot inovador na preparação de tratamentos oncológicos.
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O Ministério da Saúde diz que está disponível poara prestar esclarecimentos às autoridades sobre o caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital Santa Maria.

A garantia foi dada esta terça-feira de manhã pelo secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre.

"O Ministério da Saúde está, obviamente e como sempre esteve, disponível para prestar toda a informação que lhe seja solicitada pelas autoridades competentes", disse Ricardo Mestre.

Quando confrontado com os últimos desenvolvimentos sobre o caso, Ricardo Mestre remeteu para a investigação em curso.

"Essa situação está a ser investigada pelas entidades competentes", referiu.

A Procuradoria-Geral da República confirma que os documentos enviados pelo Palácio de Belém sobre o caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria já foram remetidos para o DIAP Regional de Lisboa, onde decorre o inquérito.

As duas crianças luso-brasileiras vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma, - um dos mais caros do mundo - para a atrofia muscular espinhal, que totalizou no conjunto quatro milhões de euros. Segundo a TVI, havia suspeitas de que isso tivesse acontecido por influência do Presidente da República, que negou qualquer interferência no caso.

PR nega favorecimentos

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, volta a negar qualquer favorecimento no caso das gémeas, mas confirma que recebeu um e-mail do filho há quatro anos sobre o pedido.

Após essa mensagem, da qual garante que não tinha memória, desencadeou-se uma troca de emails entre a Casa Civil da Presidência da República, o filho de Marcelo e a unidade hospitalar.

O Presidente negou, porém, que a intervenção da Casa Civil da Presidência da República tivesse acelerado o tratamento, realçando que o Hospital de Santa Maria sempre marcou uma "posição clara" de que a prioridade era para doentes residentes em Portugal.