A comissão independente que está a estudar a solução para o novo aeroporto de Lisboa apresenta esta terça-feira o relatório técnico preliminar, que será a base para uma decisão, e que deverá ficar para o novo Governo. Em entrevista na SIC Notícias, o bastonário da Ordem dos Engenheiros pede "uma solução política a curto prazo e que não tenhamos de esperar por um novo Governo". “Não podemos esperar mais”, sublinha Fernando de Almeida Santos, que explica que a Ordem apoia uma solução não dual, embora numa primeira fase tenham de coexistir dois aeroportos e, nessa linha, sustenta que “a Portela não pode ser fechada já, devia ter sido intervencionada”.
“A Ordem dos Engenheiros tem vindo a defender que a solução deve ser não dual e, portanto, sob esse ponto de vista das nove em estudo em cima da mesa, há três - Alcochete, Santarém e Vendas Novas - que nos merecem uma maior atratividade”, explica o bastonário da Ordem dos Engenheiros.
Fernando de Almeida Santos diz que a Ordem defende “claramente uma solução não dual para Portugal, ou seja, uma solução que não tem dois aeroportos em simultâneo em funcionamento”.
“É óbvio que se nós optarmos por uma opção de raiz, vamos imaginar Alcochete ou até Santarém ou Vendas Novas, naturalmente que não vamos poder fechar uma Portela imediatamente, se é que a Portela alguma vez será fechada”, sustenta o bastonário.
Quanto à possibilidade de ter um novo aeroporto a funcionar dentro de cinco a sete anos, situação que o presidente da Câmara de Alcochete já considerou muito difícil, Fernando de Almeida Santos refere: “Eu admito que sim, temos é que ter soluções faseadas para seja qual for o aeroporto de solução definitiva”.
Em conclusão, o bastonário diz que a Ordem vai tomar uma posição quando a decisão foi anunciada e, acima de tudo defendem: “Que haja uma decisão política a curto prazo, que não tenhamos que esperar pelo novo governo, até porque os interlocutores que decidiram a comissão técnica independente são os que ainda estão em funções, seja o líder do Governo, seja o líder da oposição (…) Não podemos esperar mais e não podemos estar a andar a criar comissões técnicas para depois não fazer nada”.