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Crise nas urgências: como está a situação nos hospitais da Grande Lisboa?

O ministro da Saúde admite que há muito trabalho a fazer para melhorar os serviços de urgência no país e é inevitável uma reforma. Enquanto a mudança não chega, as urgências de 33 do hospitais públicos no país vão funcionar de forma condicionada até sábado.

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Nesta altura do ano, as idas às urgências costumam aumentar. Tendo em conta a falta de médicos, são esperados constrangimentos de norte a sul do país. Como está a realidade dos três dos principais hospitais da Grande Lisboa?

Depois de a semana ter arrancado com mais de 600 atendimentos e tempos de espera a chegar às oito horas, a tarde desta quinta-feira foi mais calma nas urgências do Hospital Amadora-Sintra, ainda assim com forte afluência. Mais de metade (57%) dos adultos que passaram pela triagem, receberam pulseira verde e esperaram duas horas e meia para serem vistos por um médico e os casos urgentes 40 minutos.

A capacidade de internamento de doentes tem sido um dos principais desafios desta unidade hospitalar que dá resposta a 600 mil pessoas e tem 800 camas disponíveis.

Um problema que se repete no Hospital Santa Maria. Nos últimos dois dias, houve um esforço para conseguir internar 40 doentes que estavam à espera de vaga nas urgências.

No Hospital de São José os tempos de espera estabilizaram. Na tarde de quinta dirigiram-se às urgências 251 adultos e 147 crianças, um número que não é
considerado alarmante.

O que mais tem preocupado quem por lá trabalha é a quantidade casos que precisam de cuidados especiais, muitas vezes com doenças crónicas, a precisar de internamento.

O ministro da Saúde admite que há muito trabalho a fazer para melhorar os serviços de urgência no país e é inevitável uma reforma. Enquanto a mudança não chega, as urgências de 33 do hospitais públicos no país vão funcionar de forma condicionada até sábado.