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Crise nas urgências: em Lisboa, o tempo de espera com pulseira amarela ronda as 18 horas

Os médicos sugerem contacto através da linha SNS 24 e advertem para os vírus respiratórios que por aí andam, alertando para que os cuidados a ter são semelhantes à covid-19.

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Um dos sindicatos dos médicos diz que os profissionais do setor estão a praticar "medicina de catástrofe" com o condicionamento de quase metade dos serviços de urgência. Em Lisboa, o tempo de espera das urgências dos doentes com pulseira amarela é o maior de sempre desde que começou o tempo frio.

Todos os doentes são atendidos, o difícil é saber ao fim de quantas horas. No Hospital Fernando da Fonseca, o tempo de espera de pulseira amarela ronda as 18 horas e nos corredores não há espaço para mais doentes.

Foram registados mais de 880 atendimentos, em 24 horas, um número nunca antes registado. Esta quarta-feira, a afluência às urgências continua com o mesmo ritmo, o hospital serve cerca de 600 mil pessoas, quando não consegue responder.

No Hospital Santa Maria, afetado pelos constrangimentos noutros hospitais, as urgências dos doentes de pulseira amarela, considerada gravidade moderada, têm oscilado entre as sete e as dez horas e as perspetivas não são animadoras.

Os médicos sugerem contacto através da linha SNS 24 e advertem para os vírus respiratórios que estão em circulação, alertando para que os cuidados a ter são semelhantes à covid-19.