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Discurso de Marcelo junta partidos: todos querem mudança nas próximas eleições

Da esquerda à direita, as reações à mensagem de Ano Novo do Presidente da República seguem a mesma linha. Ainda antes de começar a campanha, os vários partidos destacam as suas diferenças e apelam ao voto no dia 10 de março.

Discurso de Marcelo junta partidos: todos querem mudança nas próximas eleições
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

As eleições de 10 de março marcaram a mensagem de Ano Novo do Presidente da República. Todos os partidos reagiram ao apelo ao voto de Marcelo, sublinhando a importância das eleições legislativas para mudar a situação do país.

Poucas vezes estão de acordo, mas esta mensagem de Ano Novo do Presidente da República abriu uma exceção. Em todas as reações, os partidos falam das eleições legislativas. Todos têm o mesmo objetivo até ao próximo dia 10 de março.

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Carlos César diz que “só uma grande votação” no PS evita os “perigos da libertinagem económica, da desproteção social, do clima de radicalismo e represálias e da fragilidade de soluções que o regresso da direita – e da direita extremada – exigiria”.

O PSD viu na mensagem de Marcelo um pedido de “exigência” e de “esperança”. Margarida Balseiro Lopes sublinha que os sociais-democratas querem ser o futuro na política. Por agora conta com o apoio do CDS, que lembra aos portugueses que a aliança democrática significa a mudança em Portugal.

A Iniciativa Liberal sublinha que “não podem ser os mesmos” a Governar e que é preciso “fazer mais” por Portugal. Já o Chega, lembra que o Governo caiu “demissão do primeiro-ministro que tem maioria absoluta”.

O Bloco de Esquerda defende a necessidade de apresentar propostas para que as eleições sejam “um momento de virar a página”. O PCP, afirma que as eleições são um momento de “clarificação” para alterar as condições em que vive o país. Rui Tavares, líder do Livre, afirma que “o povo te uma palavra a dizer” a partir da “escolha que os partidos têm a oferecer".

“Os partidos têm oferecido desânimo, braços caídos, desespero, até um certo sentido de irracionalidade perante as coisas que nos acontecem”, afirma.

Apesar da campanha eleitoral não ter começado, todos aproveitaram a oportunidade para mostrar que podem ser a solução para os difíceis desafios enumerados pelo Presidente da República. Empenhados em conquistar votos direita e esquerda recordaram, uma vez mais, os motivos das eleições antecipadas.

É o caso de Nuno Melo, líder do CDS, que lembra que o cenário de eleições antecipadas não é só responsabilidade de António Costas, mas também “do atual secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos”.

“Portugal foi confrontado com 14 substituições de governantes em menos de dois anos, uma delas, a mais significativa, foi precisamente a do ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos”.

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O líder do CDS deixou ainda críticas a vários momentos da governação do candidato socialista a primeiro-ministro, entre eles a decisão da construção do aeroporto, a aprovação do pagamento da indemnização a Alexandra Reis por mensagem e a privatização da TAP.

Também o PAN diz estar “fortemente comprometido” na aprovação das medidas. Afirma que está preparado para os desafios elencados pelo Presidente da República, tendo feito “a diferença na qualidade de vida dos portugueses”.

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Partidos e Presidente da República começam 2024 em sintonia. Todos pedem mudança.