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Entrevista SIC Notícias

Professores: futuro Governo tinha "entrada de leão" se priorizasse recuperação do tempo de serviço

O presidente da Associação de Diretores e Agrupamentos de Escolas Públicas, Filinto Lima, lembra que há um "problema estrutural" no setor: a escassez de docentes. Esta quarta-feira, cerca de um milhão de alunos regressaram às aulas.

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O presidente da Associação de Diretores e Agrupamentos de Escolas Públicas considera que é fundamental o novo Governo apostar na recuperação do tempo de serviço dos professores. Em entrevista à SIC Notícias, Filinto Lima lembra que há escassez de professores.

Depois de um primeiro período com greves de professores, cerca de um milhão de alunos do ensino básico e secundário recomeçam as aulas esta quarta-feira, sem greves à vista. No entanto, o presidente da Associação de Diretores e Agrupamentos de Escolas Públicas lembra que há um "problema estrutural nacional, europeu e até mundial": a escassez de professores.

"Não gostaríamos que se transformasse numa pandemia, mas este é o cenário nas escolas", afirma.

Uma vez que "todos ou quase todos" os principais partidos políticos se comprometem em relação à recuperação do tempo de serviço dos professores, Filinto Lima defende que devia haver um pacto na Educação antes das eleições legislativas, que se realizam a 10 de março.

Para o responsável, o futuro Governo devia focar-se no tempo de serviço destes profissionais.

"Era uma entrada de leão e que iria pacificar", diz.

A três meses das eleições legislativas, os vários sindicatos da educação têm estado a auscultar os partidos políticos para conhecer os programas eleitorais dos diferentes candidatos.

Vários partidos já apresentaram no Parlamento propostas de recuperação do tempo de serviço, como o Bloco de Esquerda, PCP, Livre ou PSD.

Até lá, continuam as dificuldades em encontrar professores para ocupar os horários que continuam vazios, sobretudo em escolas das zonas de Lisboa e do Algarve.