A defesa de Ricardo Salgado nega qualquer fingimento da doença de Alzheimer, como refere uma segunda perícia feita pelo Instituto de Medicina Legal de Coimbra.
Esta segunda-feira decorreu mais uma sessão de julgamento do caso EDP, onde o antigo homem forte do BES é arguido e onde foi ouvido um dos procuradores responsáveis pela investigação.
O antigo ministro da Economia decidiu arrolar como testemunha, o procurador com quem tem travado várias batalhas durante o processo. Uma das quais em 2022.
Nesse ano, o magistrado Carlos Casimiro foi acusado por Manuel Pinho de ter feito comentários homofóbicos contra o Juiz Ivo Rosa. Agora, o antigo ministro decidiu chamar o mesmo procurador para explicar em tribunal o pedido de constituição de arguido.
Diz a defesa que à data, há cerca de uma década, nada foi dito ao antigo governante sobre os crimes em causa. O procurador nega e garante que tudo terá sido explicado de forma verbal por um inspetor da PJ.
Manuel Pinho, a mulher e Ricardo Salgado são suspeitos de corrupção no processo que investiga as chamadas rendas excessivas da EDP.
O antigo banqueiro foi diagnosticado com Alzheimer. Duas perícias independentes confirmam a doença. A última, feita pelo Instituto de Medicina Legal de Coimbra, diz no entanto que nada o impede de ir a tribunal para ser interrogado. No mesmo relatório uma psicóloga chega a dizer que Salgado pode ter simulado sintomas.
Por agora não se sabe que consequências, terão as perícias no julgamento e se o antigo banqueiro vai ser chamado a tribunal.
O caso EDP começou a ser julgado há três meses, uma década depois do inicio da investigação.