País

PSD quer mobilizar portugueses para "uma grande mudança" após oito anos de PS

O líder do Partido Social Democrata acredita que nos Açores terá uma boa expressividade eleitoral para controlar o Parlamento. Já a respeito do Continente, as críticas à governação socialista permanecem, com foco na Saúde, na Educação e Habitação.

Loading...

Luís Montenegro voltou a deixar críticas à governação socialista depois medidas anunciadas por Pedro Nuno Santos no congresso do PS. O presidente do PSD apela a uma mudança nas eleições de 10 de março. Da mesma forma, o líder acredita numa vitória do PSD nos Açores para que o partido não esteja dependente de nenhuma coligação, nomeadamente com o Chega.

"No fim dos últimos oito anos de Governo o que é que nós temos? Temos um país com mais pobreza, um país onde as pessoas ficam às portas das urgências horas à espera de ser atendidas, temos um país onde em janeiro, a meio de ano letivo, cerca de 40 mil alunos não têm professor pelo menos a uma disciplina, temos um país em que as lacunas em termos de acesso à habitação são gritantes", enumera o líder social-democrata Luís Montenegro.

Para além disso, Montenegro ainda acusa os dirigentes de agora do Partido Socialista de quererem apagar “o passado recente” ao dizer que “agora é que vai ser”. Para o líder do PSD, isso demonstra “cada vez mais a necessidade” dos sociais-democratas serem eficazes.

"O que vejo é cada vez mais a necessidade de sermos eficazes na transmissão da nossa mensagem e esclarecermos e mobilizarmos o povo português para uma grande mudança no dia 10 de março", conclui.

PSD nos Açores

Loading...

Relativamente ao que se passa nos Açores, onde também haverá eleições antecipadas, os sociais-democratas acreditam numa vitória mais expressiva, onde não será necessário coligações para deterem o poder regional parlamentar.

“O que nós temos é uma grande convergência de propósitos naquilo que são as nossas propostas governativas quer nos Açores, quer em todo o país. Dir-me-á: mas há uma solução governativa nos Açores? É verdade, sabe que nós somos pela autonomia regional e portanto aquilo que acontece nos Açores acontece com toda a naturalidade, mas devo dizer uma coisa muito simples: os Açores têm neste momento à sua disposição uma coligação que se apresenta a votos para ganhar uma maioria absoluta para não estar dependente de nenhuma negociação parlamentar”, rematou Luís Montenegro.

O executivo chefiado por José Manuel Bolieiro deixou de ter apoio parlamentar maioritário desde que um dos dois deputados eleitos pelo Chega se tornou independente e o deputado da Iniciativa Liberal rompeu com o acordo de incidência parlamentar, em março.

O Governo de coligação PSD/CDS-PP/PPM manteve um acordo de incidência parlamentar com o agora deputado único do Chega no parlamento açoriano.

Nas regionais de 25 de outubro de 2020, o PS perdeu a maioria absoluta que detinha há 20 anos na Assembleia Legislativa Regional, apesar de continuar o partido mais votado, elegendo 25 deputados em 57. O BE elegeu dois deputados, o PAN um, enquanto a CDU não conseguiu nenhum eleito.