O presidente da Câmara de Lisboa decidiu esta segunda-feira ativar o Plano de Contingência para as Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, por causa do tempo frio. Já a partir da noite desta terça-feira algumas estações metropolitanas estarão abertas durante a noite, bem como entrou em vigor o Dispositivo de Apoio aos Sem-Abrigo.
De modo a auxiliar no combate às baixas temperaturas registadas por todo os país, algumas das estações do metropolitano da capital, nomeadamente Oriente, Rossio e Santa Apolónia, vão estar abertas durante a noite, para que as pessoas em situação de sem-abrigo lá possam pernoitar.
A informação foi avançada pela diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa ao jornal Observador.
Entra também em vigor o Dispositivo de Apoio aos Sem-Abrigo, que vai disponibilizar serviços de apoio social, médico, alimentar, de higiene e agasalhos.
Carlos Moedas mostrou-se preocupado com o impacto da descida das temperaturas nas pessoas sem-abrigo, tendo em conta que na sexta-feira espera-se uma temperatura mínima abaixo dos três graus na cidade.
Também um surto de doenças respiratórias, que tem congestionado os hospitais, pesou na decisão do autarca.
Plano de Contingência em coordenação com IPMA
Na cidade de Lisboa, o Plano de Contingência para as Pessoas em Situação de Sem-Abrigo perante o Tempo Frio, que prevê a resposta operacional às vagas de frio, é ativado de acordo com alguns critérios, designadamente quando o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emite "aviso de tempo frio, amarelo ou laranja, que corresponda a valores diários de temperatura mínima que se apresentem entre 3º C a - 1º C por, pelo menos, 48 horas seguidas".
"Não estamos nessa temperatura, mas estamos a acompanhar com os nossos serviços para atuar ainda hoje, se for preciso. Se este frio continuar, nós vamos imediatamente acionar o plano e vamos proteger e acolher as pessoas", assegurou segunda-feira autarca.
Carlos Moedas disse que em Lisboa "mais de mil pessoas" em situação de sem-abrigo são acolhidas durante a noite, seja em centros de acolhimento, seja através do projeto 'Housing First'.
Quando cumpridos os critérios de acionamento do plano, "o presidente da câmara não precisa de fazer nada, automaticamente há um plano de proteção das pessoas que estão na rua", referiu.