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Análise

"Marcelo nunca mais terá uma relação com um primeiro-ministro como teve com Costa"

Sebastião Bugalho, comentador da SIC, fala ainda sobre o novo secretário-geral do PS, que acusa "ou de falta de autoridade ou de cinismo".

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Sebastião Bugalho, comentador da SIC, diz "não entender muito bem" a postura do novo secretário-geral do PS, que disse querer preservar a "boa relação" com o Presidente da República. No entanto, destaca que Marcelo Rebelo de Sousa nunca mais terá uma relação com um primeiro-ministro como teve com António Costa.

Pedro Nuno Santos afirmou esta quarta-feira que quer preservar uma boa relação institucional com o Presidente da República e considerou que as críticas dirigidas a Marcelo Rebelo de Sousa por dirigentes socialistas não prejudicam esse objetivo.

"Foi um momento cómico no Palácio de Belém", afirma Sebastião Bugalho no Jornal do Dia da SIC Notícias.

Isto porque, apesar de Pedro Nuno Santos "nunca ter visado" Marcelo Rebelo de Sousa, o PS transformou o Congresso num "tiro ao alvo" ao Ministério Público e ao Presidente da República. Aliás, lembra, Carlos César acusou Marcelo de "falhar aos seus deveres" ao dissolver a Assembleia.

Para Sebastião Bugalho, "não se percebe muito bem" a postura de Pedro Nuno Santos ao dizer que quer preservar uma "boa relação" com Marcelo.

"Ou ele não tem autoridade no resto do partido ou é um caso de cinismo em que não quer ser ele a atacar Marcelo. Nem falta de autoridade nem cinismo são boas condições para começar o mandato", defende.

O comentador da SIC diz ainda que Marcelo Rebelo de Sousa "nunca mais terá uma relação com um primeiro-ministro" como teve com António Costa.

Sobre o Congresso do PS, considera que correu bem ao secretário-geral do PS porque teve uma "imagem próxima da realidade".

"Não escondeu problemas que existem no país, não escondeu a necessidade de um novo impulso e uma nova energia", enumera.