Agentes da PSP mantêm-se em protesto em frente à Assembleia da República, em Lisboa. Exigem aumentos salariais e um melhoramento das condições de trabalho. Também em Portalegre, dezenas de elementos das PSP e GNR realizaram uma vigília na praça da República.
Os agentes queixam-se de discriminação, depois do Governo ter atribuído um suplemento de missão apenas à Polícia Judiciária. Concordam com a atribuição do suplemento, mas sublinham que devia haver equidade para todas as forças de autoridade.
Durante a noite de terça-feira, centenas de elementos da autoridade juntaram-se em frente ao Parlamento, num protesto que começou de forma espontânea, não tendo sido organizado por qualquer sindicato. Na passada segunda-feira, vários carros de patrulha do Comando Metropolitano de Lisboa permaneceram parados como forma de protesto.
Além da questão salarial, queixam-se também das más condições de trabalho, nomeadamente na frota, do material – que está obsoleto – e nos balneários das esquadras. Depois do serviço, muitos agentes têm de tomar banho em espaços sem condições e com água fria.
O Sindicato dos Profissionais da Polícia defende que este protesto é uma tentativa de “construir um futuro mais seguro para Portugal”, uma vez que o melhoramento das “condições socioprofissionais dos polícias”, reflete-se “na segurança das pessoas”.
“Sabemos que, durante estes últimos anos de Governo PS, os problemas foram-se agravando e nada foi feito de substancial para resolver os problemas que a PSP tem e que os polícias vivem no dia a dia”, afirma Paulo Macedo, sublinhando que, sem investimento, “é óbvio que as coisas não durem eternamente”.
O sindicato vai reunir-se, esta quarta-feira, com vários grupos parlamentar e irá pedir uma reunião com o primeiro-ministro para abordar o problema. Os agentes mantêm relações cortadas com o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que tutela a PSP, GNR e restantes forças policiais.
Dezenas de polícias juntam-se ao protesto em várias cidades
Em Portalegre, dezenas elementos das forças de autoridade (PSP e GNR) realizaram uma vigília durante a noite desta terça-feira, na Praça da República, junto à sede do Comando Distrital da PSP, avança o jornal Alto Alentejo. As exigências são as mesmas: melhores salários e melhores condições de trabalho.
O protesto decorreu também em Faro, com dezenas de elementos das autoridades a concentrar-se junto ao Comando Distrital da PSP, e em Ponta Delgada, onde os agentes saíram à rua para protestar contra a falta de condições.