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Tempos de espera abrandam nas urgências de Lisboa e do Porto

Esta quarta-feira, os tempos de espera estiveram nas urgências da Grande Lisboa e no hospital São João, no Porto, dentro do que é recomendado, mas as temperaturas baixas previstas para os próximos dias podem voltar a fazer piorar os atendimentos nos serviços de urgência.

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A situação nas urgência da Grande Lisboa melhorou e os tempos de espera estão nestes últimos dias dentro dos horários expectáveis. O regresso das horas extraordinárias pode estar a ajudar a melhorar o atendimento, mas a Ordem dos Médicos avisa que os problemas continuam por resolver.

Os tempos de espera nas urgências da Grande Lisboa estiveram na manhã desta quarta-feira dentro do que é recomendado.

Esta terça-feira, um doente urgente chegou a esperar 11 horas para ser atendido no hospital de Santa Maria.

O hospital Beatriz Ângelo era, durante a manhã desta quarta-feira, o hospital com o tempo de espera mais elevado para doentes urgentes, com cerca de três horas.

O regresso das horas extraordinárias estipuladas pela lei, pode ser uma das razões para explicar o aparente alivio da pressão.

As temperaturas baixas previstas para os próximos dias podem voltar a fazer piorar os atendimentos nos serviços de urgência.

Nos hospitais do norte do país, a situação nas urgências também está mais calma esta quarta-feira. De acordo com o portal do SNS, os tempos de espera para as urgências estão hoje muito próximos do recomendado. No entanto, a SIC sabe que há centenas de doentes a aguardar por internamento há várias horas.

De acordo com o portal do SNS, na manhã desta quarta-feira, no hospital São João, no Porto com pulseira amarela esperavam uma hora para serem atendidos, estando dentro do tempo recomendado.

Nos hospitais de Penafiel, Braga e Guimarães, a espera era de menos de uma hora para a triagem.

Situação pior nos internamentos

As urgências do norte estão sobrelotadas de utentes, que aguardam por uma cama disponível.

Na manhã desta quarta-feira estavam 30 doentes à espera no São João, ou seja, mais 10 doentes que no mesmo período do dia anterior, terça-feira.

O utente que estava à espera há mais tempo, aguardava, na manhã desta quarta-feira, por uma cama há 34 horas.

Enfermeiros e médicos dizem que não há capacidade de tratar e vigiar tantos utentes, queixando-se da falta de profissionais para reforçar as equipas.

Os profissionais de saúde dizem que não são só os utentes que correm riscos, mas os profissionais de saúde também.