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Hospitais de Lisboa com menos afluência, mas espera ainda é acima da recomendada

Especialistas destacam que, apesar da aparente moderação, continua a ser importante reduzir contactos em caso de sintomas. O pico da gripe estará para breve, acreditam.

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Na Grande Lisboa, os tempos de espera nos hospitais continuam superiores ao recomendado, embora mais reduzidos que nas últimas semanas. Os especialistas estão preocupados com a elevada pressão nos cuidados intensivos, que está agora a levar ao adiamento de cirurgias programadas.

Os tempos médios de espera nos hospitais da Grande Lisboa têm abrandado nos últimos dias. Ainda assim, continuam acima do recomendado em algumas unidades.

No Hospital Beatriz Ângelo, por exemplo, o tempo médio de espera para doentes urgentes tem sido em média de sete horas, quando devia ser no máximo uma. Mas há uma semana chegava a 20 horas. Já o Hospital de Santa Maria tem uma média de quatro horas e meia de tempo de espera.

Ricardo Mexia, ex-presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, destaca a aparente moderação, mas destaca que continua a ser importante reduzir os contactos em caso de sintomas e especial atenção para os mais vulneráveis.

Os especialistas acreditam que o pico da gripe estará para breve.

O internamento nas unidades de cuidados intensivos dos hospitais cresce há duas semanas consecutivas. Devido à pressão estão a ser adiadas cirurgias programadas.

Para aliviar as urgências hospitalares, têm-se repetido os apelos ao recurso à linha SNS 24. Os centros de saúde têm também alargado o horário de funcionamento. Mas quem trabalha em saúde pública alerta para um problema estrutural de falta de médicos de família.

2023 terminou com mais de um milhão e setecentos mil portugueses sem médico de família atribuído. Representam 16% do total de inscritos.

Os próximos dias serão marcados por temperaturas baixas, propícias ao desenvolvimento dos vírus respiratórios e aos contágios em ambientes fechados. Os especialistas pedem cuidados redobrados.