As temperaturas estão cada vez mais baixas em Portugal, sendo que em algumas regiões os termómetros podem mesmo chegar aos 7 graus negativos em algumas regiões do país. Neste contexto, ainda compensa a vacinação contra a gripe e a Covid-19? E as máscaras?
Ricardo Mexia, médico de Saúde Pública, diz que “sem dúvidas” as vacinas ainda devem ser aplicadas, pois “permitem reduzir os casos mais graves da doença”.
“É particularmente importante. Naturalmente que era melhor as pessoas já se terem vacinado, mas não vão tarde se o fizerem agora e, portanto, podem fazê-lo”.
O médico afirma que Portugal “é o país do mundo com a maior confiança vacinal”, porém, com o fim da pandemia e a multiplicidade de vacinas que foram aplicadas, “pode haver uma maior resistência” no momento.
“Durante o período pandémico, havia uma enorme pressão sobre o eram as consequências da doença. As pessoas tinham um estímulo para se vacinar. Agora em que entramos, digamos, em alguma normalidade, pode haver uma perceção de que o risco já não é tão elevado”, acrescenta.
Em Espanha, a partir desta quarta-feira, as máscaras vão passar a ser obrigatórias dentro dos hospitais e dos centros de saúde. Portugal poderá rumar para um caminho semelhante?
“Acho que é um bom exemplo de algo que permite reduzir a transmissão. Nós tivemos uma eterna discussão. Hoje a evidência de que são úteis é bastante robusta (…) Em contextos com particular incidência da doença, como são as instituições de saúde, penso que elas podem ser uma mais-valia e ter um papel importante”, afirma Ricardo Mexia.