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Polícias concentraram-se junto à Direção Nacional da PSP e comando de Lisboa

Além da concentração diante da Assembleia da República desde segunda-feira, que entretanto se alastrou a outras cidades do país, o protesto foi também concretizado com a paragem de vários carros de patrulha da PSP.

Cerimónia comemorativa do 154.º aniversário do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.
Cerimónia comemorativa do 154.º aniversário do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.
RODRIGO ANTUNES

Várias dezenas de polícias concentraram-se esta quinta-feira de forma espontânea junto à Direção Nacional da PSP e ao Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), em solidariedade com os protestos por melhores condições salariais e de trabalho.

Na sede da Direção, na Penha de França, em Lisboa, muitos surgiram fardados no exterior do edifício, após a reunião do diretor nacional, José Barros Correia, com os principais sindicatos:

  • Associação Sindical dos Profissionais da Policia (ASPP-PSP),
  • Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP),
  • Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol),
  • Sindicato Independente da Polícia (SIAP),
  • Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP) e
  • Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP (SNCC).

Também no Cometlis, em Moscavide, muitos polícias compareceram de uniforme no exterior, aproveitando a pausa de almoço numa demonstração de apoio à contestação das forças de segurança por uma valorização salarial e lhores condições de trabalho.

Em declarações aos jornalistas, o presidente do SNOP, Bruno Pereira, assinalou a importância dessas iniciativas e apelou também à mobilização da sociedade civil no apoio aos protestos dos elementos das forças de segurança.

"Toda e qualquer manifestação, simbólica ou não, que vise dar lastro a esta discussão e a esta luta é bem recebida. Esperamos que não seja só dos polícias, esperamos que a sociedade civil adira a esta luta, porque é uma luta também deles. Porque, se os polícias não puderem fazer bem o seu trabalho, não estaremos a zelar por aquilo que é a vossa segurança e a segurança de todos", afirmou.

Além da concentração diante da Assembleia da República desde segunda-feira, que entretanto se alastrou a outras cidades do país, o protesto foi também concretizado com a paragem de vários carros de patrulha da PSP, principalmente no Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), alegando os polícias que estavam inoperacionais e com várias avarias.

Os protestos dos elementos das forças de segurança estão a ser organizados através das redes sociais, como Facebook e Telegram, e desconhece-se quando vão terminar.

Estas ações tiveram início num movimento inorgânico que surgiu dentro da PSP contra o subsídio de risco atribuído pelo Governo apenas à Polícia Judiciária.