A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) considerou este sábado, em Viana do Castelo, que o país “precisa de uma limpeza” de todos os que entram na "folha de pagamentos do partido do doutor Ventura".
A resposta surge à acusação de André Ventura, que disse que Pedro Nuno Santos, juntamente num acordo partidário à esquerda com Mariana Mortágua e Paulo Raimundo, seriam o “trio dos horrores”.
“É verdade que Portugal precisa de uma limpeza. Precisa de uma limpeza de intermediários, de facilitadores da especulação, do imobiliário, das negociatas: todos eles na folha de pagamentos ao partido do doutor Ventura”, afirma Mariana Mortágua.
Mariana Mortágua, que discursava durante um almoço com cerca de 200 militantes na Sociedade de Instrução de Recreio e Social Areosense, em Viana do Castelo, cidade onde o Chega está a realizar a sua VI Convenção Nacional, afirmou que o aquele partido "pode não ter conseguido ainda acertar com os estatutos legais, pode enviar orçamentos de campanha fora de tempo, criar contas falsas na Internet, mas não conseguiu fugir à obrigação de comunicar o nome dos seus financiadores, ou pelo menos, podemos supor, de parte deles".
“O doutor Ventura é a voz do dono, e se o Chega é alento dos ricos e poderosos, nós seremos a esperança de quem não se verga aos interesses, de quem não atraiçoa o povo e a sua história. Jogamos limpo, falamos claro e não nos vendemos por cheque nenhum”, frisa a líder bloquista.
No seu discurso de cerca de 15 minutos, a coordenadora do BE acusou ainda o líder do Chega de "receber dinheiro de um acionista da TAP e de defender as mesmas posições do grupo Barraqueiro".
"O Chega não é um partido, é um balcão de atendimento e desconto de cheques. E quando o doutor Ventura recebe os cheques de empresários, que o mandam rasgar as vestes pelos seus interesses, ele cumpre obedientemente", reforçou.