A oposição insiste nas responsabilidades de Pedro Nuno Santos nos problemas relacionados com a gestão da TAP. O secretário-geral do PS diz que não é jurista quando confrontado com as alegadas irregularidades no contrato da antiga CEO. Já o Bloco e o PCP não estão mais focados nos assuntos do passado.
À medida que o tempo avança, a TAP vai ganhado lugar na pré-campanha.
O candidato socialista a primeiro-ministro já teve nas mãos este dossier e a oposição aproveita para o encostar à parede, mas Pedro Nuno Santos faz-se à pista e assume que não é especialista em leis.
"Estão a partir do pressuposto que a acumulação é ilegal, eu não tenho essa certeza, eu era ministro, não sou jurista e advogado", disse.
Montenegro aproveita estas declarações e lança mais achas para a fogueira.
“Isso quer dizer que para gerir o país é preciso ser jurista, coisa que eu não defendo, mas se o doutor Pedro Nuno Santos acha que é assim pois fica em grande desvantagem”, gracejou o líder social-democrata.
O Presidente do PSD é jurista e continua pouco esclarecido quanto ao contrato da antiga CEO da TAP, mas garante que as dúvidas dos eleitores quanto a Pedro Nuno Santos são cada vez menos.
"O atual secretário-geral do Partido Socialista se teve este comportamento enquanto ministro não me aprece que esteja a dar confiança aos portugueses para ser primeiro ministro", concluiu.
André Ventura também voltou ao tema TAP para exigir um pedido de desculpas a Pedro Nuno Santos. Rui Rocha vê incompetência na gestão socialista.
"Pedro Nuno Santos, que era quem tutelava esta área e era importante que fosse dar um pedido desculpas aos portugueses. Os ministros têm de ser responsáveis pelo que se passa na sua tutela, sejam juristas ou engenheiros", criticou Ventura do Chega.
Rui Rocha da Iniciativa Liberal aproveitou o caso para voltar a tecer críticas à “incompetência da governação socialista”.
À esquerda, os folhetos de PCP e Bloco não têm espaço para considerações sobre o polémico contrato da antiga CEO da companhia aérea. Sobre a TAP só se pede que se evite a privatização.
"Foi feita uma comissão de inquérito e que as notícias que hoje saem foram todas escrutinadas e mencionadas durante, hoje gostaria focar me na justiça", respondeu Mariana Mortágua.
Paulo Raimundo seguiu pelo mesmo caminho.
"Não justifica nesta fase estar a sacudir responsabilidades de um lado par ao ouro, as coisas foram como foram, toda a gente sabia, o que me preocupa é a privatização, isso é que é difícil de travar".
Mais difícil de travar parece ser o tema TAP, que promete manter-se na campanha.