Centenas de utentes protestaram esta manhã no Barreiro e em Loures contra a atual situação do Serviço Nacional de Saúde. Exigem a contratação de mais médicos de família e o fim dos constrangimentos nas urgências.
À mesma hora, com os mesmos motivos, mas de diferentes formas os utentes mostraram o descontentamento com as atuais condições no Hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro e no Beatriz Ângelo, em Loures.
"Há relativamente pouco tempo estive com o meu pai aqui no serviço de urgências do Beatriz Ângelo e estivemos 16 horas para ele ser atendido e o meu tem 80 anos foi muito complicado", disse uma utente.
As gripes, os casos de covid-19 e as infeções respiratórias continuam a pressionar as urgências.
Este sábado o tempo de espera para um utente urgente chegou a ultrapassar as 10 horas.
Mas os problemas também se sentem nas especialidades e nos centros de saúde. Cerca de 100 mil utentes não têm médico de família em Loures.
"Há cerca de 10 anos que não tenho médico de família. Quando eu trabalhava não tinha implicação, porque tinha seguro de saúde. Agora não vou ao médico há cerca de dois anos", relatou utente.
Outro também está à espera de um exame há quatro anos.
Os mesmos problemas afetam milhares de utentes a mais de 30 quilómetros de distância, no Barreiro.
De mãos dadas, numa luta que não é nova, mas que continua sem resposta.
A esperança agora está depositada no próximo Governo.