O Presidente do CDS, Nuno Melo, garante que a Aliança Democrática (AD) não vai viabilizar um governo de esquerda. Na "Convenção por Portugal", este domingo, "aponta o dedo" a André Ventura e a Mariana Mortágua, critica o Governo socialista e apresenta três medidas da coligação que junta PSD, CDS e PPM.
Identificando "as esquerdas" e os que querem o "insucesso da AD" como adversários, Nuno Melo começa por "deixar claro" que o único Governo que a Aliança Democrática irá viabilizar, se ganhar as eleições, será "o da AD", afastando a possibilidade de se coligar à esquerda.
Num discurso de cerca de 20 minutos, acusa André Ventura de ser uma muleta da esquerda, destacando que o líder do Chega e Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, têm uma coisa em comum: a "capacidade de legar Portugal à à bancarrota".
Depois, o primeiro líder partidário a falar na convenção da AD volta-se para o adversário, o Partido Socialista, que, nos últimos oito anos, "manteve Portugal a arrastar os pés".
Nuno Melo destaca que o PS apresentou o imposto "mais imoral", o imposto sucessório, e diz que, se o PS vencer as eleições, os impostos vão aumentar.
"Com Pedro Nuno Santos vai ser até à campa. Já nem mortos nos livraremos do Fisco. Votar no PS é como comprar um bilhete para viajar no Titanic, mas sabendo que vai afundar. As pessoas estão avisadas", afirma.
O líder do CDS acusa os socialistas de serem "inimigos do mérito e do esforço".
Três medidas da AD: jovens, famílias e empresas
No discurso que marcou a abertura da "Convenção por Portugal", Nuno Melo lembra três medidas fiscais que já eram conhecidas. Uma para os jovens, outra para as famílias e uma terceira para as empresas.
Se a AD governar, os jovens até aos 35 anos pagarão uma taxa máxima de IRS de 15% e ficarão isentos do pagamento de IMT porque a AD "não quer um país em que um terço dos jovens tem de viver fora".
A coligação quer também reduzir a taxa de IRS em todos os escalões, à exceção do último", isto porque a "classe média tem de viver" e não "apenas sobreviver";
Por fim, a intenção é reduzir o IRC em dois pontos por ano até aos 15% para que as empresas possam ser "competitivas".
A "Convenção por Portugal", da Aliança Democrática, coligação que juntará nas legislativas de 10 de março PSD, CDS e PPM, decorre ao longo de todo o dia no auditório do Centro de Congressos do Estoril.