Um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto que em 2019 e acompanhou 702 estudantes durante três anos, incluindo no período da pandemia conclui que o estigma associado às doença mentais é um obstáculo para estudantes universitários.
O início da vida académica é um momento de grandes mudanças com potencial de risco para doenças mentais.
“Não só pelas transformações de desenvolvimento do cérebro que ocorrem nesta fase, mas também pelo desenvolvimento psicossocial que ocorrem conjuntamente”, explica Virgínia da Conceição, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto
Os investigadores do Instituto de Saúde Pública criaram dois grupos de intervenção e um de controlo. Para reduzir o estigma foi exibido um vídeo curto e simples com testemunhos reais de alunos que sofriam de depressão e ansiedade. Um dos grupos também foi exposto a informações mais técnicas sobre saúde mental.
Este é um dos primeiros estudos portugueses sobre estigma e comportamentos de ajuda. A equipa defende que quanto mais cedo se começarem a derrubar barreiras, mais se facilita a procura por ajuda médica.