O Presidente da República estará disposto a fazer na Madeira o que decidiu não fazer no Continente em novembro e, assim, aceitar a solução de um novo Governo Regional. Ricardo Costa, da SIC, classifica esta posição de Marcelo como uma “contradição dramática” e alerta para as possíveis consequências que pode ter no resultado que sair das legislativas.
“O Parlamento Regional da Madeira ainda não pode ser dissolvido, porque houve eleições em setembro, mas daqui a dois meses já pode e poderia haver eleições 60 dias depois. Foi exatamente esse o prazo que deu no Continente”, lembra Ricardo Costa.
Aponta, por isso, duas contradições ao Presidente: aceitar, na Madeira, um Governo liderado por alguém que não foi a votos e não admitir o calendário que o próprio impôs no Continente.
“Isto é dramático para o Presidente da República”, afirma.
Que consequências para as legislativas?
Ricardo Costa alerta ainda para as possíveis consequências que esta decisão de Marcelo Rebelo de Sousa poderá ter num cenário de maioria de direita saído das eleições de 10 de março em que o PSD não ganhe.
“Imaginemos que há maioria de direita em que o PSD não ganha eleições e Luís Montenegro, como já disse, sai. O PSD tem que encontrar uma nova solução de Governo. Nessa altura, Marcelo terá que aceitar alguém que também não foi a votos”, explica Ricardo Costa.