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Açores: Pedro Nuno Santos acusa PSD de "ceder à chantagem" do Chega

O secretário-geral do PS participa num jantar comício da campanha socialista às eleições legislativas regionais nos Açores. Pedro Nuno Santos diz que a pobreza cresceu devido a "escolhas políticas" de José Manuel Bolieiro.

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Num jantar comício da campanha socialista, nos Açores, Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, acusou o PSD dos Açores de ceder à chantagem do Chega na região autónoma e criarem uma nova aliança, que designou de “Chega D”.

"Nos Açores, o PSD inaugurou uma nova aliança política, o 'Chega D', aliança entre o PSD e o Chega, [partidos] que não resolveram nenhum problema, antes acrescentaram problemas", afirmou Pedro Nuno Santos.

Perante cerca de 1.500 pessoas, dados da organização, o secretário-geral do PS referiu que, antes de formar Governo, José Manuel Bolieiro, líder do executivo e recandidato ao lugar, “tinha prometido aos açorianos que não faria nenhum acordo com o Chega”.

"O PSD mais o Chega falharam na estabilidade dos Açores. Não podemos voltar a confiar neles para garantirem aquilo que não conseguirem garantir nestes últimos anos", afirma.

O líder socialista acusa o PSD de "ceder à chantagem do Chega" e ao "discurso demagógico e desrespeitoso" para com os pobres e para com o povo.
José Manuel Bolieiro fez um "corte recorde nos apoios sociais", assinala, acrescentando que a pobreza aumentou por escolhas políticas de Bolieiro.

O Presidente da República decidiu dissolver o Parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para o próximo domingo, após o chumbo do Orçamento para este ano.

Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.

Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.

Pedro Nuno recebido com protestos nos Açores

Elementos das forças de segurança exibiram esta quinta-feira cartões vermelhos ao secretário-geral do PS, à chegada a Vila Franca do Campo, nos Açores.

Pedro Nuno Santos dirigiu-se aos elementos das forças de segurança, onde se incluíam elementos da PSP, da GNR e da guarda prisional, tendo dito que se reuniu com a plataforma que os representa.

"Compreendemos e partilhamos dessas vossas preocupações. Estamos a trabalhar numa solução para que se sintam respeitados, se sintam valorizados, se sintam dignificados", declarou o secretário-geral do PS, salientando o papel das forças de segurança na defesa da população e por "Portugal ser um dos países mais seguros do mundo".

Garantindo respeito pelo trabalho das forças de segurança, o dirigente socialista reiterou que o PS está a trabalhar numa solução para que sintam dignificados".

Questionado sobre quando será apresentada essa solução, Pedro Nuno Santos remeteu que no programa eleitoral o PS "terá oportunidade de dizer".

Quando falava aos jornalistas, as declarações de Pedro Nuno Santos acabaram por ser interrompidas, porque os elementos das forças de segurança começaram a cantar o Hino de Portugal.