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O dilema do PS nos Açores: ou viabiliza um governo de direita ou "dá" o poder ao Chega

Ainda na noite de domingo, enquanto Francisco Assis, cabeça de lista do PS pelo Porto, assumia que o partido tem a obrigação de se abster e viabilizar, Francisco César, que encabeça a lista de candidatos às legislativas pelos Açores, defendia o contrário.

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Os resultados nos Açores e a recusa do líder do PSD-Açores em aliar-se ao Chega está a aumentar a pressão sobre o PS. O partido divide-se sobre se deve ou não viabilizar o programa de Governo de Bolieiro, com alguns socialistas a defenderem que tem de o fazer para afastar o partido de André Ventura.

Nem a ida à campanha, na reta final, de Pedro Nuno Santos deu ao PS o impulso de que precisava para ganhar à coligação da Aliança Democrática. Ainda que a questão da noite eleitoral tenha passado para o PS viabilizar ou não viabilizar este Governo.

Ainda na noite de domingo, enquanto Francisco Assis, cabeça de lista do PS pelo Porto, assumia numa mensagem à SIC que o partido tem a obrigação de se abster e viabilizar. Francisco César, que encabeça a lista de candidatos às legislativas pelos Açores, defendia o contrário, que “não fazia sentido a viabilização de um projeto antagónico ao nosso”.

Enquanto o PS discute a questão, Carlos César usou a rede social Facebook para dizer que o PS devia "aceitar" a vitória da direita. António Costa, também nas redes sociais, desejou as maiores felicidades a José Manuel Bolieiro.