O Presidente da República diz que só vai ponderar sobre a dissolução da Assembleia Regional da Madeira “daqui a uns tempos”, quando tiver esse poder, e que o fará “serenamente”.
Questionado esta quarta-feira pelos jornalistas sobre a crise na Madeira, o Presidente da República afirmou que só terá de pensar se deve ou não dissolver quando tiver esse poder. Recorde-se que a Madeira foi a eleições em setembro e que, nos seis meses seguintes, o Presidente não pode dissolver a Assembleia Regional.
Assim, Marcelo só poderá intervir no processo a partir de 24 de março.
“Só tenho de pensar se, quando tiver poder de dissolução, entendo que devo dissolver ou não. Só vou ponderar daqui a uns tempos. É de bom sendo esperarmos para o representante da República [na Madeira] ouvir os partidos e eu pensar serenamente”, disse.
Representante da República ouve partidos, depois tomará decisão
O representante da República começou esta quarta-feira a ouvir os partidos com assento na Assembleia Legislativa, na sequência da exoneração do presidente do Governo Regional e consequente demissão do executivo. A crise na Madeira começou com uma investigação a suspeitas de corrupção, na qual Miguel Albuquerque foi constituído arguido.
As audiências acontecem por ordem crescente de representação parlamentar. Neste primeiro dia foram ouvidos o Bloco de Esquerda, o PAN e a Iniciativa Liberal. O PCP, CDS, Chega e Juntos pelo Povo (JPP) são ouvidos na quinta-feira. Já os representantes do PS e PSD, os dois principais partidos, são recebidos no dia seguinte.
Depois da ronda de audições, Ireneu Barreto tomará uma decisão sobre a situação governativa na Madeira.