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Polícias em protesto estão a chumbar formação de tiro para ficar sem arma

Tudo indica que o terão feito como mais uma forma de protesto pela ausência do pagamento de um subsídio de risco nos valores que é pago à Polícia Judiciária. Arriscam ficar sem arma e sem poder fazer serviço no exterior.

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Vários elementos da PSP no Algarve estão a chumbar no teste prático de tiro, no que será mais uma forma de protesto, para assim ficar sem arma e sem fazer serviço no exterior.

Trata-se de uma formação que acontece todos os anos para a certificação dos agentes. Em dois grupos de 24 agentes de Tavira, Vila Vila Real de Santo António, Olhão e Portimão, 22 agentes chumbaram.

Tudo indica que o terão feito como mais uma forma de protesto pela ausência do pagamento de um subsídio de risco nos valores que é pago à Polícia Judiciária.

Na prática, quem chumba tem uma segunda oportunidade. Se voltar a falhar é desarmado, não pode fazer serviço no exterior, fica à secretária e não pode fazer atendimento ao público.

Braço de ferro intensifica-se

O braço de ferro entre os agentes da PSP e os superiores hierárquicos vai-se intensificando dia após dia. A SIC sabe também que o pelotão do corpo de intervenção que meteu baixa no domingo, antes do jogo do Benfica com o Gil Vicente, vai ser extinto e o restante grupo vai ser redistribuído.

A decisão foi do comandante da unidade especial de polícia e tudo indica que não será uma decisão tomada de ânimo leve.

Nos grupos de WhatsApp dos agentes é sublinhado que a baixa médica não é insubordinação nem crime. Está já marcada uma concentração e manifestação frente à sede do corpo de intervenção, na calçada da ajuda da PSP.

Baixas investigadas: atestados são ou não fraudulentos?

O Sindicato dos Profissionais de Polícia garante que as baixas das forças de segurança são devidamente verificadas por médicos competentes.

Das avaliações feitas até ao momento, as juntas médicas concluíram que existem razões para as baixas serem passadas, mas já está em curso um inquérito para confirmar se os atestados são ou não fraudulentos.

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Em apenas dois dias, o número de baixas médicas no aeroporto de Lisboa duplicou. Cerca de 60 dos 300 agentes estão ausentes por motivos de doença.

O Ministério da Administração Interna fala em súbitas baixas e, por isso, decidiu abrir um inquérito urgente para apurar os motivos.

Das avaliações realizadas até ao momento pelas juntas médicas, foi possível confirmar as razões que levaram a que os atestados fossem passados. Na larga maioria dos casos trata-se de baixas de curta duração por questões de saúde e assistência à família.

Segundo o que a SIC apurou, o aumento das baixas médicas durante a intensa luta das forças de segurança está também levantar dúvidas à Ordem dos Médicos, que pediu esclarecimentos ao MAI.

Se durante a investigação forem detetadas irregularidades, todos os médicos serão responsabilizados do ponto de vista disciplinar.