O Presidente da República afirmou esta quarta-feira que o protesto dos polícias “é legítimo” e que “é urgente” resolver a questão do subsídio nas forças de segurança. Alertou, ainda assim, que ações de luta devem proteger “a segurança e confiança dos portugueses”.
Considerando ser urgente resolver a questão da compensação das forças de segurança, situação “para a qual já tinha chamado a atenção” aquando da promulgação do subsídio da PJ, Marcelo Rebelo de Sousa disse que esse será um “grande desafio” para o próximo Governo.
Até lá, é importante que as forças de segurança continuem a ter o apoio dos portugueses na base da confiança e da segurança, disse, razão pela qual os polícias, nas suas ações de luta, devem “encontrar formas que correspondam a este sentimento dos portugueses”.
Sobre um eventual boicote às eleições legislativas, revelou nunca ter tido dúvidas de que o processo eleitoral fosse posto em causa e acrescentou que achou “muito bem” que o caso tivesse sido esclarecido.
“Isso foi esclarecido imediatamente. Não era bom para a luta das forças de segurança dar uma sensação de insegurança. As eleições são o fusível de segurança da Democracia.”
Reconhecendo que tem estado muito tempo “calado”, algo que não é habitual seu, assumiu, explicou que o fez porque durante o período eleitoral “o Presidente não deve falar”. Abriu a exceção porque entendeu, “de forma muito racional”, que valia a pena fazer o ponto de situação.