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Operação Marquês: Sócrates e Santos Silva tentam travar o julgamento

O antigo primeiro-ministro já está a tentar anular o acórdão da Relação de Lisboa. O ataque inicial é contra duas das três juízas que entenderam enviá-lo para julgamento por corrupção.

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José Sócrates e Carlos Santos Silva já estão a tentar travar o julgamento da Operação Marquês. Alegam que a decisão é nula porque as juízas alteraram crimes e porque duas das magistradas já tinham sido colocadas noutro tribunal quando decidiram o recurso.

O antigo primeiro-ministro já está a tentar anular o acórdão da Relação de Lisboa. O ataque inicial é contra duas das três juízas que entenderam enviá-lo para julgamento por corrupção.

A defesa do Sócrates considera que não podiam fazê-lo porque desde setembro tinham sido colocadas uma na Relação do Porto e outra nade Guimarães, apesar de se terem mantido em exclusividade com a Operação Marquês na Relação de Lisboa.

A acusação sempre falou de corrupção para ato lícito mas as juízas entenderam que era um lapso dos procuradores e mudaram o crime para ato ilícito.

A mudança é também o principal argumento de Carlos Santos Silva para tentar anular a decisão. A advogada do empresário, amigo de José Sócrates, entende que as juízas fizeram uma alteração que aumenta os limites máximos de uma eventual pena.

José Sócrates vai ser julgado em breve por 22 crimes, três de corrupção. Carlos Santos Silva, o alegado testa de ferro, responde agora por 23.

O julgamento da Operação Marquês irá sentar também no banco dos réus Ricardo Salgado, o ex-ministro Armando Vara e os antigos administradores da PT, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro.